A cerca de; Política Pública da Educação e Diversidade Cultural

A diversidade cultural deveria ser primordialmente  considerada uma benção do Criador. Porém como somos ensinados nas religiões que "somos a imagem e semelhança de Deus", então o contrário seria verdadeiro e "Deus é nossa imagem e semelhança", daí cada ser humano ou grupos de seres humanos se acha que é o tal "deus", assim se achando no direito de praticar o etnocentrismo, dominar, estereotipar  e discriminar os demais seres humanos, pois não o vêem como semelhante, nem o aceitam como diferente, daí não se dão conta que todos somos feitos da mesma essência e para o mesmo fim.

A partir deste meu ponto de vista, acredito que a educação venha de casa, da família, devendo ser aperfeiçoada na escola, lapidada na sociedade, contudo, na sociedade brasileira e no mundo afora, estas sociedades e estes homens e mulheres de que são compostas, tem garantidos pela Declaração dos Direitos  Humanos o direito de livre escolha e prática de credo ou religião. Este tem sido um ponto de debate delicado mas a meu ver deve e pode sim ser  mudado, a  partir  da compreensão e respeito ao direito do outro, mas principalmente do entendimento de que cada um é em si mesmo a sua própria espiritualidade, e pode exercê- la só, uma vez que nascemos só, somente cada um poderá viver sua  própria vida e morreremos só. Acredito  que deste modo não esteja incitado ao individualismo, mas  sim a valorização do "ser simplesmente o que realmente se é e não da valorização do ser pelo que tem". Assim, promovendo a aceitação, a compreensão, vendo e promovendo a beleza que existe na diversidade em toda sua abrangência.

Contudo, as religiões sempre dominaram o mundo, promoveram inclusive as guerras  santas e continuam a manipular as pessoas e por formarem de modo geral uma instituição à parte praticamente intocável pela sociedade, mas que toca indelevelmente esta mesma sociedade, deveria  sim promover  o maior bem comum  e não ensinar tanta prepotência e intransigências que praticam entre si e expõem com correto para as multidões, cada uma  colocando o seu "deus" como o melhor. E mesmo estas instituições são capitalistas e exercem o mesmo papel de coerção que a mídia neoliberalalista,  e tudo parece absolutamente normal, quem pode mais manda e os desfavorecidos tentando se adequar  a ordem imposta ou ao menos, muitas vezes em vão se igualar aos seus opressores , esbravejam, e até brigam  violentamente à imposição do "deus" correto, do modo de vida correto, ajustado, da boa moral da sociedade civilizada, que para mim parece muito mais bestial que civilizada.

A solução básica estaria na evolução  humana sim, que se dá  pela educação em que cada um é um, tão importante, tão valorizado quanto qualquer outro, resultando numa  diversidade social benfazeja e não pelo cultivo da ignorância, que tanto a igreja como o estado  e a elite  detentores de poder apregoam, embora ofereçam migalhas a sociedade através de políticas públicas e sociais de educação, assistência social, cultural e outras.

Cleusa Lago Londero em 08/11/2012 11:22